ETAR DARU
Primeiramente a nova Directiva Europeia de Águas Residuais problematiza uma série de novos obstáculos/metas/desafios, mas não obsta à falta de abertura ou visão da Comissão Europeia que a leva a insistir no alheamento face às situações nacionais com diversas massas de água e diferente disponibilidade financeira para investimentos obrigatórios.
O que justifica isto? O ”pecado” da falta de fé na biodiversidade?…
Contudo começámos o texto remetendo para o final de uma das obras mais conhecidas da Literatura portuguesa. Os Maias, e acreditamos que agora, à semelhança do que aconteceu com Carlos e o seu imprescindível amigo, João da Ega, teremos de fazer um real (edelirante?) esforço para vir a cumprir esta nova Directiva respeitante às águas residuais.
Também nem tudo foi fácil no tempo de Carlos da Maia: o ”americano” era um veículo detracção animal, com os inconvenientes que daí advinham, servindo algumas – poucas –cidades; os carris, originalmente elevados, potenciavam acidentes na via pública, etc.
ETAR DARU
Um século e meio depois, as coisas mudaram, mas continuam a não ser fáceis. E, quem sabe, como alívio de consciência, a Comissão Europeia fez incluir no próprio diploma referência às dificuldades e à realidade multifacetada dos diversos países de modo que, no final da análise do documento, ficamos com uma imagem de reiterada esperança, ecoa-nos uma espécie de slogan: ”É uma oportunidade!
Vai ser muito bom, podemos e devemos, pelas melhores razões, voltar a ser um caso de estudo, até porque a Directiva – a que apontámos defeitos/dificuldades – consagra novas preocupações e uma visão integrada de protecção global do sector da água.
Fonte: IA.