Portugueses desprivatizam saneamento

Nova ETAR do Este adjudicada por 29 milhões de euros

Imagem Ilustrativa

Construção da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da cidade de Braga deve arrancar este ano.

A adjudicação aguarda pelo visto do Tribunal de Contas.

A Agere – Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga aguarda pelo visto do Tribunal de Contas para o início da construção da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Este e respectivo emissário, empreitada orçada em pouco mais de 29 milhões de euros.

As obras serão executadas pelo consórcio de empresas EFACEC ABB e Névoa, SA, vencedor do concurso público internacional lançado o ano passado pela empresa municipal de capitais mistos.

O investimento da Agere na duplicação da capacidade do sistema de tratamento de águas residuais da zona urbana de Braga foi dividido em dois lotes.

A construtação da ETAR propriamente dita foi adjudicada por 23 862 milhões de euros, enquanto que o respectivo emissário de esgotos, com cerca de 3,7 quilómetros de extensão, orça em 5,2 milhões de euros.

Rui Morais, presidente do conselho de administração da Agere, confia que as obras da nova ETAR se iniciem ainda este ano, tudo dependendo da obtenção do visto obrigatório do Tribunal de Contas.


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No início deste ano, a empresa municipal considerava previsível o início da construção no primeiro semestre, o que levaria à conclusão da obra em finais de 2023.

A nova ETAR do Este, localizada junto às estradas circulares da cidade de Braga, na freguesia de Celeirós, drenará para a bacia hidrográfica do rio Ave, e terá capacidade de tratamento dos esgotos de cerca de 200 mil habitante, permitindo eliminar as actuais descargas indevidas e garantindo, com a ETAR de Frossos, há muito sobrecarregada, a capacidade de tratamento e de descarga necessárias para o cumprimento da Directiva Águas Residuais Urbanas.

Segundo a própria Agere, a ETAR de Frossos atingiu já o seu horizonte de projecto, quer ao nível de caudais como de cargas poluentes, tendo-se inclusive superado, em determinados períodos, as condições de dimensionamento.

Construída em 1991 para uma população de 165 mil habitantes, capacidade reforçada para 230 mil habitantes em 2005, a ETAR de Frossos apresenta “sérias limitações operacionais”, apesar dos investimentos aí realizados nos últimos oito anos, na ordem dos 3 milhões de euros.

Moradores das imediações desta estrutura queixam-se com alguma frequência dos maus cheiros provocados vindos da ETAR.

Fonte: Correio do Minho.

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