Alterações Climáticas Notícias

Alterações climáticas: as boas e as más notícias

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De acordo com a Agência Internacional de Energia, a procura global anual de energia aumentou 2,2 % em 2024, mais rapidamente do que o aumento médio anual da procura de 1,3 % entre 2013 e 2023.

A aceleração do crescimento da procura de energia foi liderada pelo setor energético, com o consumo global de eletricidade a aumentar 4,3 % em 2024, quase o dobro da média anual da última década. 

O valor record da temperatura média global da atmosfera à superfície em 2024, de 1,55 ± 0,13 °C acima do nível pré-industrial. Contribuiu para o aumento da procura global de eletricidade nesse ano.

Este aumento deu-se por meio do crescimento da refrigeração de edifícios e infraestruturas em muitos países, especialmente nos tropicais e subtropicais, bem como do aumento da procura na indústria, na eletrificação dos transportes e na procura de energia elétrica para assegurar o funcionamento dos centros de dados e o uso das criptomoedas e da inteligência artificial.

As emissões globais de GEE provenientes do setor da energia aumentaram 0,8 % em 2024. Metade deste aumento é atribuído ao facto de 2024 ter sido o ano mais quente jamais registado.

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Entretanto, em 2022, os quatro maiores emissores de dióxido de carbono (CO2) no mundo foram a China, com 32,88 % do total das emissões. Os EUA com 12,6 %, a Índia com 6,99 % e a União Europeia com 6,7 %. Note-se que a Índia ultrapassou recentemente a UE e enquanto esta tem uma tendência de decrescimento lento a Índia tem uma tendência de crescimento rápido. A ordenação entre os quatro maiores emissores é bem diferente quando se considera as emissões por pessoa (per capita).

O país com maiores emissões de CO2 por pessoa é os EUA com 14,21 tCO2 (toneladas de CO2), seguido da UE com 10,7 tCO2. Da China com 8,89 tCO2 e da Índia com 1,89 tCO2. No atual paradigma energético, só é possível atingir um Produto Interno Bruto (PIB) por pessoa elevado e, consequentemente, um nível de bem-estar e prosperidade económica comparável à dos EUA, UE e China se houver um consumo de energia por pessoa comparável, ou seja, intensivo.

O problema é que este consumo intensivo é, como sabemos, baseado atualmente em cerca de 80 % nos combustíveis fósseis.

Emissão de Gases

Para ter 66 % de probabilidade de não ultrapassar um aumento da temperatura média global da atmosfera à superfície de 1,5 °C acima dos valores pré-industriais (conforme recomendado pelo Acordo de Paris), é necessário atingir a neutralidade carbónica global em 2050. Para ter 66 % de probabilidade de ficar abaixo dos 2 °C, a neutralidade carbónica global deverá ser atingida em 2070.

Quais as metas temporais de descarbonização que os quatro maiores emissores estabeleceram por meio das suas Contribuições Nacionalmente Determinadas exigidas pelo Acordo de Paris? EUA e UE 2050, China 2060 e Índia 2070.

Fonte: IA.

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