Entrevista João Azevedo
Eleito no domingo, o presidente da Câmara de Viseu, João Azevedo (PS), afirmou que o abastecimento de água será realizado por um sistema multimunicipal gerido pelas Águas de Viseu e rejeitou a adesão à empresa do Douro e Paiva.
“Nós temos de defender os interesses dos viseenses e, defender é utilizar aquilo que temos aqui há anos, com qualidade, com serviços técnicos de qualidade. Uma coisa que dá lucro, dá saldo positivo, com qualidade e eficiência. O que nós queremos é a barragem de Fagilde feita”, afirmou João Azevedo.
Um protocolo que transferiu a propriedade da atual barragem da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para o grupo Águas de Portugal (AdP).
Entrevista João Azevedo
Na altura, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho. Disse que estava lançado “definitivamente o processo que levará, dentro de sensivelmente quatro anos, à inauguração de uma nova barragem de Fagilde”, a jusante da atual.
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“O governo português, o Estado tem de fazer a nova barragem” e resolve “os problemas todos da região”.
Em entrevista à agência Lusa, João Azevedo vincou que essa obra também tinha a sua execução garantida pelo governo socialista liderado por António Costa.
“A atual senhora ministra do Ambiente [e Energia] vai cumprir, não tenho dúvidas nenhumas disso”, asseverou.
O novo presidente da Câmara de Viseu dispensou, assim, o abastecimento gerido pela empresa Águas do Douro e Paiva. Aprovado pelo executivo anterior, liderado por Fernando Ruas (PSD) e pela Assembleia Municipal, em 30 de junho.
“Nós vamos recuperar o documento que foi aprovado em 2019/20. É esse documento que vamos recuperar”, indicou João Azevedo referindo-se à constituição da empresa Águas de Viseu, em 02 de julho de 2020, que previa um investimento de 45,7 milhões de euros até 2027 para captar, tratar, aduzir, reservar e fornecer água aos cinco concelhos.
Questionado se os restantes autarcas estarão de acordo, João Azevedo disse que tem a convicção de que “todos os presidentes de Câmara querem o melhor para os [seus] territórios”.
“Com diálogo vamos chegar a consenso e vamos chegar a um processo em que estaremos todos unidos. Nós estamos à procura dessa unidade”, notou.
Fonte: JC.