A água e os rios no futuro

Resumo

A água exige que pensemos nela, e na sua gestão, enquanto produto, enquanto recurso e enquanto utilidade (‘utility’), aplicando-lhe os princípios de economia circular: desenhar para zero poluição; manter o recurso em uso; regenerar o capital natural. Esta é a abordagem que iniciámos no governo anterior e em que queremos continuar a apostar.

Numa economia circular procura-se preservar os recursos dentro dos sistemas de produção e consumo, sobretudo no seu valor mais elevado. E também a água tem de ser pensada dessa forma – reduzindo, reutilizando e regenerando. Agindo de modo preventivo, sendo mais eficiente e moderado no seu consumo, recolhendo e recirculando em ciclos sucessivos de uso, evitando a sua contaminação e recorrendo a sistemas naturais de tratamento, preservando o seu valor e utilidade, sendo devolvida ao meio natural em condições ótimas.

Alentejo e Algarve justificam atenções especiais face à tradicional escassez de água. O REUSE é um projeto de investigação que tem como principal objetivo a promoção da economia circular e da produção e utilização de água para reutilização (ApR) na atividade de regadio na região do Alentejo. Os pilotos de Beja e do Alvito são dois exemplos do que está a ser feito.

Quanto à região algarvia, o Plano de Eficiência Hídrica é uma peça importante para a gestão da água, apresentando como foco a resolução da sua escassez. Com duas novas infraestruturas de aumento da resiliência das disponibilidades de água – nova captação no Guadiana (Pomarão) e central dessalinizadora – prevê-se subida de mais de 30 hm3 de água disponível no Algarve que será usada para mitigar os efeitos das alterações climáticas.

Autores: Joaquim Poças Martins e Francisco Godinho.

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