Dia Mundial Alimentação
Resumo:
A subida global das temperaturas mudou a geografia e a política do mundo. Num futuro não muito distante, as guerras são travadas pela posse de água. A China governa a Europa, incluindo a União Escandinava, então ocupada pelo estado de New Qian.
Num extremo norte, outrora glacial, agora temperado, Noria Kaitio, de 17 anos, aprende com o seu pai a mestria da preparação do chá.
Nesse futuro distópico entretecido na escrita da finlandesa Emmi Itäranta só os mestres do chá conhecem a localização de fontes de água escondidas. Um bem precioso e ambicionado por forças beligerantes. No livro Memória da Água, ficção de 2014 – entretanto adaptado ao cinema. A autora convida os leitores a uma reflexão sobre futuros plausíveis e preocupantes sobre o provir do líquido que é cerne de vida.
Sobre o amanhã da utilização e eventual finitude de fontes de água potáveis não faltam nos escaparates distopias, preste-se o leitor a uma pesquisa online e terá, por exemplo, como resposta a obra de 2022, Cadernos da Água, do autor português João Reis. Em si, o termo distopia encerra o seu quê de desconforto, atendendo à definição do mesmo, a “caracterização de uma sociedade futura caracterizada por condições de vida alienantes ou extremas”.
Dia Mundial Alimentação
O alerta soa-nos com laivos de realidade quando olhamos para o mundo atual, lhe descortinamos as utilizações da água para percebemos que livros como o de Emmi Itäranta nos aproximam desse futuro preocupante. Isso mesmo encontramos em obras que dispensam o cunho da ficção científica para nos trazerem um cenário fundado em conhecimento e ciência. Cite-se à laia de exemplo livros como The Three Ages of Water, de Peter Gleick ou títulos publicados recentemente em Portugal, como Água, Uma Biografia, de Giulio Boccaletti, ou o Valor da Água, com autoria de Matt Damon e Gary White.
Fonte: Sapo.