Banheiro Realidade Brasileiros Lisboa
O Anfiteatro 8 da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa ficou pequeno na quinta-feira (3) para o debate sobre saneamento básico, em um momento simbólico: os cinco anos de vigência do marco legal do setor.
E não é por acaso. Ainda faltam banheiros em mais de 4 milhões de residências no Brasil. Soma-se a isso o impacto das mudanças climáticas, que exige cada vez mais preparo do setor para garantir o abastecimento de água.
Apesar de haver recursos e metas previstas, o investimento público ainda não é suficiente. “O programa de banheiros ainda está a ser implementado”, lamentou o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, se referindo ao programa “Todas as Casas com Banheiro”.
O projeto, iniciativa anunciada pelo presidente Lula ainda em novembro, pretende construir 4 milhões de banheiros para brasileiros que vivem sem esse recurso essencial.
A ANA (Agência Nacional de Águas) também está em processo de finalização, até o fim do ano, de novas diretrizes que devem orientar governadores e prefeitos na gestão de inundações e enchentes. O Rio Grande do Sul já recebeu, com antecedência, um estudo da agência sobre os principais desafios da região.
Banheiro Realidade Brasileiros Lisboa
Veronica Sanchez da Cruz Rio, presidente da ANA, explicou nesta quinta-feira, em Lisboa, que a prioridade está na infraestrutura. Segundo ela, eventos extremos como enchentes, que hoje ocorrem a cada 50 anos em média, poderão se repetir a cada 10 anos no futuro. “As cheias podem se tornar cinco vezes mais frequentes”, alertou.
Também presente no debate, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, defendeu a privatização de companhias municipais e estaduais de saneamento e cobrou mais eficiência para proteger o cidadão que paga pelos serviços.
Fonte: Nd.