PS Gaia Auditoria
O PS de Gaia defendeu nesta terça-feira a realização de uma auditoria aos últimos 15 anos de gestão da Águas de Gaia. Após o presidente da câmara ter cancelado o concurso de resíduos sólidos e reorganizado o organigrama daquela empresa municipal.
“A ausência de qualquer estudo, relatório ou auditoria fragilizam as decisões tomadas na última semana pela câmara na gestão da Águas de Gaia”, afirmou o presidente do PS/Gaia, João Paulo Correia, em comunicado.
Na semana passada, o atual presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes (PSD/CDS/IL), cancelou o concurso de resíduos sólidos lançado pelo anterior executivo socialista. Por o considerar ruinoso, e reorganizou o organigrama da Águas de Gaia passando de 40 para quatro ou cinco chefes.
LEIA TAMBÉM: Consumir mais e pagar menos: o insustentável paradoxo da água em Portugal
“O PS de Vila Nova de Gaia contesta esta forma precipitada e arbitrária como têm sido conduzidos os processos de decisão na empresa, desde o quadro dirigente à anulação do concurso dos resíduos e limpeza urbana, as decisões anunciadas foram tomadas de ânimo leve e sem avaliação, arriscando a credibilidade da empresa e do município”, entendeu João Paulo Correia.
Em suma, dada a relevância estratégica desta empresa para o desenvolvimento do concelho, o socialista considerou fundamental que todas as decisões políticas e financeiras sejam tomadas com “absoluta preparação, rigor, transparência e responsabilidade”.
Em sua opinião, a auditoria aos últimos 15 anos de gestão da Águas de Gaia permitirá confirmar a solidez da gestão da empresa. Sendo assim, abrirá o debate público sobre as decisões que o município tem de tomar para a descida da fatura da água.
“Apesar da herança de uma dívida elevada à SUMA [Serviços Urbanos e Meio Ambiente] e à SULDOURO – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, a gestão da Águas de Gaia soube virar a página e tornar-se uma empresa municipal de boas contas, com bom desempenho financeiro e setorial, assim reconhecida no plano nacional”, sublinhou.
LEIA TAMBÉM: Campinas retira 601,7 toneladas de resíduos no tratamento de esgoto, e cabelo é o principal vilão
João Paulo Correia ressalvou que os sucessivos resultados positivos e os investimentos realizados são disso exemplo.
Portanto, o ex-presidente da Câmara de Gaia Eduardo Vítor Rodrigues rejeitou que o concurso da recolha de resíduos sólidos urbanos tivesse um valor muito acima daquilo que é possível.
Em declarações à Lusa, Eduardo Vítor Rodrigues considerou “totalmente legítimo” anular o concurso em curso, mas “nada legítimo que os valores não sejam explicados”.
Fonte: Porto Canal



