Digitalização Reciclagem Sustentabilidade
Resumo:
A crise global dos resíduos é um dos maiores desafios do século XXI. Com a produção de lixo a crescer 70 % até 2050 (atingindo 3,40 mil milhões de toneladas anuais segund o World Bank, 2023). Mas os países enfrentam pressão crescente para abandonar o modelo linear “extrair-produzir-descartar” e adotar economias circulares.
A União Europeia estabeleceu metas ambiciosas, como reciclar 65 % dos resíduos urbanos e reduzir a deposição em aterro para 10% até 2035.
Segundo o Parlamento Europeu, “a quota de resíduos urbanos reciclados aumentou de 19 % em 1995 para 48 % em 2022, enquanto que no mesmo período de tempo a quota de resíduos depositados em aterros caiu de 61 % para 23 %”.
Trata-se da realidade europeia, mas se olharmos para o último relatório da Agência Portuguesa do Ambiente. Mas custa a acreditar que em Portugal apenas 29 % dos resíduos urbanos são preparados para reutilização e reciclagem e 59 % dos resíduos produzidos são enviados para aterro.
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Em 2023, cerca de 76 % dos resíduos recolhidos em Portugal foram recolhidos de forma indiferenciada (lixo comum). Enquanto apenas 23 % foram recolhidos de forma seletiva (reciclagem).
Portanto isso significa que uma percentagem significativa dos resíduos potencialmente recicláveis não está a ser reciclada. Esta lacuna reflete a falta de investimento e capacitação das infraestruturas existentes para responderem ao crescente aumento de resíduos e, mais importante, a falta de envolvimento e interesse público na primeira fase de separação dos resíduos urbanos.
Fonte: IA.