Produção Energia Eólica Portugal
De acordo com este relatório, que as duas entidades divulgaram em comunicado, Portugal tinha, no final de 2024, 2.936 aerogeradores espalhados por todo o território, a produzir o equivalente a mais de um quarto da eletricidade no país (27,5 %).
A esmagadora maioria destes equipamentos localiza-se no Continente, sendo que Viseu é o distrito com maior potência instalada de energia eólica.
O relatório compara também a capacidade instalada nacional com a dos países europeus analisados. Portugal ocupa o 10.º lugar com maior potência eólica. Encabeça esta lista a Alemanha, com 72,7 GW.
Em 2024, foram produzidos 14,1 TWh de eletricidade de origem eólica onshore, mais 9 % face a 2023. A expansão da energia eólica depende, sobretudo, de intervenções em parques já existentes, nomeadamente sobreequipamentos e reequipamentos.
A APREN manifesta preocupação com os números: a expansão da capacidade eólica em Portugal continua a depender sobretudo de intervenções em parques já existentes, nomeadamente sobreequipamentos e reequipamentos, em vez da instalação de novos parques.
Produção Energia Eólica Portugal
Em 2024, foram instalados pouco mais de 70 MW de nova capacidade eólica, dos quais cerca de metade corresponde a projetos de sobreequipamento — ou seja, a atualização de equipamentos em parques já existentes. A restante nova potência representa um esforço insuficiente para que o país consiga atingir os 10,4 GW de eólica onshore e os 2 GW offshore previstos para 2030.
Citado no comunicado, Pedro Amaral Jorge, Presidente da Direção da APREN, afirma que “as metas estabelecidas no Plano Nacional Energia e Clima 2030 são ambiciosas e exigem um esforço concertado, não só no desenvolvimento dos projetos eólicos, mas também na capacidade de envolver a indústria nacional ao longo de toda a cadeia de valor.
Transição Energética
Para que Portugal possa alcançar os 12,4 GW que estão previstos para 2030, é fundamental que o Estado crie um quadro remuneratório que permita a viabilidade económico-financeira e “bancabilidade” dos centros electroprodutores eólicos, capaz de impulsionar os montantes de investimento necessários e assegurar a adequação das infraestruturas. Só assim poderemos transformar a energia eólica num verdadeiro motor económico e ambiental para o país.”
Já Filipa Magalhães, responsável técnica de monitorização de ativos no INEGI, destaca que, em 2024, a energia eólica representou mais de um quarto da eletricidade consumida em Portugal, consolidando-se como um pilar essencial da transição energética nacional. Explica ainda que os projetos em curso, que deverão ficar concluídos em 2025, acrescentam mais 294,3 MW à capacidade já instalada. Ainda assim, a responsável sublinha que o ritmo fica aquém do necessário para o cumprimento das metas do PNEC.
Fonte: IA.