Movimento Navios Emissões Metano

Movimento dos navios é suficiente para desencadear emissões de metano, segundo estudo

Movimento Navios Emissões Metano

Em comunicado, os investigadores explicam que as medições mostram que a passagem dos navios desencadeia uma cadência clara de elevados fluxos de metano da água para a atmosfera, explicados pelas alterações de pressão e pela mistura da massa hídrica.

Mesmo pequenos movimentos levam uma quantidade significativa no final do dia, conforme explicou a investigadora Amanda Nylund.

Portanto o metano é um potente gás com efeito de estufa e as emissões associadas aos navios movidos a gás natural liquefeito são uma preocupação significativa. Neste estudo, as emissões foram medidas independentemente do tipo de combustível usado, o que significa que todos os navios provocam emissões e o seu contributo para este fenómeno está subestimado.

Contudo o estudo focou-se em áreas superficiais onde os sedimentos não têm oxigénio e são ricos em matéria orgânica. Estes ambientes são propícios à formação de metano, e se houver níveis elevados de produção, o gás pode libertar-se ou ascender à superfície em bolhas.

Quando um navio passa, a pressão no fundo do mar altera-se e as bolhas de metano libertam-se mais facilmente dos sedimentos. Mas em combinação com a movimentação de águas causada pela passagem dos navios, o metano pode subir e rapidamente escapar para a atmosfera.

Movimento Navios Emissões Metano

O fenómeno foi descoberto por acaso, quando estavam a ser conduzidas outras medições. Os investigadores perceberam que os navios de cruzeiro e os de carga, dois dos maiores tipos. Libertam mais metano e com mais frequência, mas embarcações menores. Como os ferries que transportam pessoas e carga, também são responsáveis por grandes volumes de metano libertado.

Outras embarcações mais pequenas são responsáveis até por volumes menores, pelo que a questão é mais complexa do que a dimensão, mas a presença de duplos propulsores nas embarcações maiores pode ajudar a perceber a diferença.

Os investigadores recomendam agora que se repense a forma e o local onde as emissões são medidas. Especialmente em águas costeiras, onde se verifica a interação de fatores humanos e naturais.

Fonte: IA.

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